A lei de blasfêmia ordena à morte quem deprecia o islã ou seus profetas; à prisão perpétua quem danifica ou profana o Alcorão; e a dez anos de prisão quem insulta os sentimentos religiosos de outra pessoa.
Uma jovem mãe paquistanesa foi falsamente acusada de “blasfemar” contra Maomé, o principal profeta do islamismo, por ter se recusado a se tornar muçulmana todas as vezes que seus familiares tentaram persuadi-la.
A polícia prendeu Shamim Bibi, e a acusaram de blasfêmia depois que os vizinhos a denunciaram, dizendo que ela fez declarações contra Maomé.
Shamim Bibi é cristã e foi presa no dia 28 de fevereiro desse ano. Falar contra o profeta Maomé no Paquistão é punível com prisão perpétua ou até a morte, condenação prevista nas leis islâmicas. O irmão de Shamim, Ilyas Masih, e seu cunhado, Shabaz asih, disseram ao Compass que ela foi acusada injustamente. Ela apenas resistiu à pressão de sua família para que ela se convertesse ao islamismo.
“Shamim disse para os seus parentes que tinha plena fé de que Deus que ela servia era um Deus vivo e que, por isso, não havia razão para ela negar o cristianismo e virar uma muçulmana”, disse Masih. Após declarar isso, todos consideraram uma blasfêmia. No dia seguinte, seus vizinhos foram à pólícia e relataram que Shamin fez comentários depreciativos contra Maomé.

Duas semanas após o atentado suicida comandado pelo grupo radical islâmico Boko Haram na cidade de Jos, outra explosão semelhante durante uma missa católica matou ao menos mais três pessoas.
Damian Babang, 26, uma paroquiana, disse ao Compass que ela tinha acabado de completar uma leitura durante o culto quando ouviu a explosão. “A próxima coisa que vi foi o teto da igreja cair sobre nós e gritos de pessoas que lutavam para sair da igreja”, disse. “Muitas pessoas estão feridas, e muitos morreram. Não posso dizer quantos morreram ou ficaram feridos, mas eu vi corpos sendo levados.”
No hospital em Jos, 14 pessoas receberam atendimento médico para tratar dos ferimentos causados pela explosão e ainda estão internados. Outros, com ferimentos leves, foram atendidos e liberados.
O grupo radical islâmico Boko Haram é o principal responsável pelos ataques às igrejas na Nigéria. O grupo extremista oficialmente conhecido como  Jama’atu Ahlis Sunna Wal-Jihad Lidda’awati – “As pessoas comprometidas com a propagação de ensinamentos do Profeta e a Jihad” – pretende impor uma versão rígida da sharia (lei islâmica) sobre a Nigéria. O home Boko Haram traduz-se livremente como “a educação ocidental é proibida”.

ÍNDIA (32º)

Militantes hindus atacam pastoras em reunião de oração
Os ataques anticristãos têm aumentado na Índia, uma nação hindu, onde grupos radicais têm se queixado sobre a propagação do cristianismo.
Supostos militantes hindus interromperam uma reunião de oração cristã e forçaram duas mulheres que lideravam um grupo de evangelismo a para suas atividades, no sudoeste do estado de Karnataka. Os cristãos locais disseram que mais de 20 hindus “radicais” e “extremistas” invadiram a reunião de oração, no bairro Vijayanagar, Bangalore, capital do estado.
A multidão hindu insultou os fiéis e ordenou que as duas mulheres que lideravam a reunião: Parimala, 36, e Padmavathi, 35, parassem aqs orações imediatamente. As duas mulheres são membros da Prarthana Mahima Mandira – uma igreja independente no bairro Vimjayanagar, disse um cristão.

E sou brasileiro, pastor, missionário no Oriente Médio há mais de dez anos, e por motivos de segurança eu não posso revelar meu nome nem o país que estou, mas o nosso trabalho nestes mais de dez anos é a plantação de igrejas secretas. Eu não fui enviado pela Portas Abertas, no entanto sempre trabalhamos próximos ao ministério que a organização desenvolve no campo e, nesses últimos três anos, fui convidado pra fazer parte da equipe que dá apoio, dentro da Portas Abertas, aos cristão perseguidos. Então, nós estamos trabalhando em parceria com a Portas Abertas no campo, desenvolvendo um trabalho de apoio aos cristãos perseguidos e também de distribuição de Bíblias e literatura cristã, impressão de materiais de discipulado em diversos idiomas e também divulgação de pedidos de oração para as revistas e jornais da Portas Abertas espalhados para o mundo inteiro.
A minha mensagem para os pastores se divide em dois aspectos. O pastor pode ser um canal de bênçãos na vida igreja ou também uma pedra de tropeço. Pastores que são canais de bênçãos são aqueles pastores que abraçam a visão, que sustentam a obra missionária porque é necessária porque é essencial para a vida igreja essa visão de levar a mensagem a outros povos e nós temos visto, graças a Deus, muitos pastores com essa visão, com esse amor, com essa paixão pela obra missionária e pela igreja que sofre. Para esses pastores, minha palavra é de incentivo, é uma palavra de motivação, de gratidão por aquilo que eles têm feito. Desejo que realmente Deus continue a usá-lo, a aumentar mais ainda sua visão e seu envolvimento na obra missionária.
No entanto, nós temos também pastores que são uma pedra de tropeço, que são aqueles pastores que barram a igreja de fazer a obra. Muitas vez3es nós temos a igreja com a visão, com o desejo de fazer a diferença. Mas o pastor é muito importante para que a igreja cumpra a sua visão, o seu ministério, por isso, pra esses pastores, a minha palavra é uma palavra de repreensão e de exortação. Mas uma exortação com amor, porque eu creio que Deus quer te usar, Deus tem uma visão pra você. Então eu quero incentivá-lo a mudar de grupo para que você possa abrir sua visão e levar uma perspectiva mais missionária envolvendo a sua igreja com a obra e com esse dever de levar Cristo às nações.
Fonte: Portas Abertas
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PASTOR ZÉ BRUNO [Pastor da Igreja Casa da Rocha – SP]
Vivemos num país livre, podemos declarar nossa fé em qualquer lugar público. Podemos ter cultos ao ar livre e podemos fazer concertos musicais pelas pras das nossas cidades. É muito bom ser um povo livre pra declarar sua fé em Cristo.
Somos livres?
Temos liberdade cantar e orar em público. Liberdade de publicar livros. Liberdade de utilizar meios de comunicação. Liberdade de culto. Liberdade de nos casarmos mediante nossa regra de fé. Liberdade de crer na Palavra de Deus como ela é. Temos liberdade de viver a nossa cultura cristã, o nosso modo de vida cristão, nossa arte, nossa vida. Seria essa a principal vantagem da nossa liberdade?
Se hoje temos liberdade, essa liberdade só tem sentido se levarmos o evangelho puro ao mundo, se pregarmos a tempo e fora de tempo. Muito mais do que o conforto da nossa cultura cristã, precisamos sentir dentro de nós uma perseguição. Nosso coração precisa sentir que está sendo perseguido por um chamado, Deus nos quer. Nossa mente precisa compreender a vontade de Deus e ser perseguida por um ideal de vida – levar o evangelho a toda criatura.
Somos livres?
A condição de perseguição que nossos irmãos viveram há séculos atrás, e que muitos ainda hoje sofrem em tantos países do nosso planeta, precisa nos despertar. Somos livres, mas estamos presos. Temos liberdade pela lei do Estado e talvez estejamos impedidos pela lei do egoísmo e da auto-satisfação. Agradecemos a deus pela liberdade de ouvir música cristã e não por podermos testemunhar de Cristo. Estamos presos, encarcerados, tão fechados em nossas próprias agendas ministeriais e denominacionais que nos tornamos prisioneiros de nós mesmos. Há um povo escravo do pecado num país livre que espera a manifestação de servos livres que se aprisionaram dentro de si mesmos.
Somos livres?
Estyamos prontos a investir pesado em tantos projetos que exaltam a nossa instituição religiosa, mas estamos acorrentados para investir na pregação do evangelho. Somos perseguidos pela vontade de sermos reconhecidos. Somos  perseguidos pelo desejo de prosperar na terra. Somos perseguidos pela futilidades que enchem o nosso dia a dia eclesiástico, e o pior; esta perseguição não é sentida, não faz sofrer o nosso coração.
Sejamos livres.
Seja o nosso coração tomado pelo desejo de usar a liberdade que Deus nos deu para trazer a mensagem da cruz que salva e transforma. Seja a nossa alma prisioneira da comissão de Cristo. Seja a nossa vida escrava da paixão por levar Cristo ao perdido.

PASTOR MOTIRAM
Olá. Sou o pastor Motiram e sou de Betul, distrito de Madhya Pradesch.
Imagino que ser um pastor aqui na Índia seja bem diferente de ser um pastor em outros países como o Brasil, por exemplo. As dificuldades para levar o evangelho devem ser bem diferente de ser um pastor em outros países como o Brasil, por exemplo. As dificuldades para levar o evangelho devem ser bem distintas. Aqui, por exemplo, envolve a te prisão caso um hindu se sinta ofendido no que se refere à religião.
No início deste ano, fui acusado falsamente de converter pessoas ao cristianismo à força, através de chantagens e meios fraudulentos. O homem que apresentou a denúncia contra mim é advogado e um ativista hindu muito radical.
Ele também alegou que eu havia ferido os sentimentos religiosos dos hindus ao insultar seus deuses.
O caso ainda está na corte distrital e eu agradeço a vocês, meus irmãos e irmãs por me apoiar. Se dependesse apenas de mim, eu já teria desistido e teria ido para a prisão sem nenhum apoio, mas Deus enviou ajuda por meio de pessoas como você que me encorajam não só em questões legais, mas também em apoio espiritual e em oração.
Casos como o meu geralmente levam muito tempo para ser resolvido, mas eu não tenho mais medo porque sei que não estou sozinho.
Mas o que me consola, é saber que existem irmãos e irmãs intercedendo uns pelos outros.

PASTOR UBIRAJARA CRESPO
A definição bíblica par o sucesso não é a mesma que aprendemos no mundo dos negócios. Sucesso, para Deus, é realizar a sua missão custe o que custar.
Avaliado pelo mundo business, Jesus foi um grande fracasso, mas, segundo Deus, um exemplo de alguém que chegou onde deveria chegar. Não tinha onde reclinar a cabeça, era rejeitado, excluído, perdeu a eleição da vida para Barrabás, foi escarnecido e contado entre os transgressores. Você está disposto a ser como ele?
Cuidado, apropria instituição religiosa perseguirá os santos. Quem crucificou a Jesus foi o grupo religioso! Considerado o equivalente à Igreja de hoje.
De que adianta ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma (o controle sobre si mesmo)? Se der para ganhar os dois, melhor. Sem negociar valores fica difícil. O sistema é manipulado pelo diabo, e só tem lugar para quem segue as suas regras.
Se fidelidade for o motivo da perseguição, estamos no caminho certo. Não é pra menos, pois a mensagem de Cristo quebra paradigmas, rompe estruturas malignas, resiste ao diabo, desfaz laços com violência, com a injustiça e com o desamor.
Guardando os limites da contextualização, não podemos esperar outra coisa, senão resistência. Todos que tentam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos (2 Timóteo 3.12).
Isto vale também para as Igrejas do mundo ocidental, onde para ser aceito, deve-se ceder. A perseguição está em toda parte, só muda de roupa, mas não de coração e propósito.
Aqui o inimigo tenta nos encantar, lá nos despreza e acolá nos persegue, acorrenta e mata. Se não há perseguição, quem vestiu a roupa certa, mas mantém o coração errado, somos nós.
Igreja, não chore por causa da rejeição, chore por causa da infidelidade.
Fonte: Portas Abertas
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VOCÊ CONHECE O TADJIQUISTÃO?

Você conhece o Tadjiquistão? Mesmo que sim, talvez seja mais provável que você conheça mais a respeito da Lua ou de Marte do que sobre esse país perdido lá na Ásia, entre as antigas repúblicas da União Soviética.

Há uma Igreja, no interior dessa nação, perseguida, mas operante. Soubemos há pouco tempo que, todo mês, um grupo de mulheres tadjiques se reúne para interceder pelas outras mulheres do país e por uma oportunidade de compartilhar o evangelho com elas.

Elas teriam muitos outros motivos de oração: o sustento da família (48% da população está desempregada), a proteção dos filhos contra drogas (o Tadjiquistão é o 3º maior traficante de ópio do mundo). Todos esses motivos são válidos. Mas elas oram pedindo que o Senhor lhes dê pessoas para evangelizar e discipular. E nós, habitantes de um país livre e próspero? O quanto temos orado por isso também?

FONTE: PORTAS ABERTAS
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PASTOR DAWUD

Sou pastor de uma igreja em Bagdá, com cerca de 300 membros. É possível comparar essa quantidade com a mesma de sete anos atrás. No entanto, a congregação mudou completamente. Nós estamos aqui para cuidar da parte do Corpo de que permaneceu no país. É muito triste ver tantos irmãos indo embora. Eles fazem parte de nossa comunidade, recebem discipulado, e depois vão embora. A insegurança em todo o país é a razão pela qual as pessoas estão fugindo, sem nenhuma perspectiva sobre o futuro.

Ainda assim, nossa igreja continua cheia aos domingos. As pessoas vêm para a igreja buscando por uma fé que fale de paz e esperança. Há um forte desejo de conhecer mais sobre a Bíblia. Até muçulmanos vêm para a igreja. As portas estão sempre abertas aqui. Todos são bem-vindos na casa de Deus, então quem sou eu para recusar visitantes? É claro que precisamos de muita sabedoria de deus para responder às perguntas e guia-los no caminho correto.

Desde a chegada das tropas estrangeiras e a queda de Saddam Hussein, muitos cristãos fugiram do país. A violência ficou muito próxima de nós. Não havia mais como nos reunir tranquilamente. Igrejas vizinhas foram alvo de bombardeios. A mensagem era clara: “Vocês [cristãos] têm que ir embora. Aqui não é o seu lugar. Vamos mata-los se continuarem aqui.”

Parece surreal falar sobre esse nível de maldade e violência, enquanto estamos sentados tranquilamente na igreja. No entanto, um olhar ao redor já nos traz de volta à realidade.

Estamos confusos. O que devemos fazer? Para onde devemos ir? Para nós, pastores, a responsabilidade é enorme. A qualquer momento, um terrorista pode entrar em nossa igreja e começar a atirar. Somos responsáveis por nossa congregação: por crianças, mulheres e homens. As pessoas perguntam para nós o que fazer. Mas eu não sei. Eu posso contar o que eu faço. O meu testemunho é permanecer, mesmo tendo a oportunidade fugir. Eu continuo liderando minha igreja. Se estou com medo, não deveria estar aqui.

PASTOR ALI NAKWARI
Meu no é Ali Nakwari e sou um pastor na Nigéria. Aqui onde moro, a lei sharia prejudica muito a vida dos cristãos. No norte do país, os novos convertidos vivem em circunstâncias muito difíceis, enfrentando possíveis ataques, ostracismo e inimizade. Muitos são forçados a deixar suas casas e passam a viver na igreja ou na casa de amigos cristãos sob circunstâncias muito complicadas. Nós sempre enfrentamos o risco de sermos identificados como cristãos.
A violência dos muçulmanos contra cristãos é uma realidade muito presente. Os cristãos que moram nas áreas dominadas pela sharia são ameaçados caso não se submetam a essa lei. Todo tipo de evangelismo organizado por cristãos  é extremamente rejeitado pelo islã. E tudo isso piora quando não temos conhecimento sobre nossos direitos. Por isso, não consigo agradecer a Deus o suficiente por ter nos dado o privilégio de participar do treinamento da Portas Abertas sobre as questões legais que envolvem nossa fé. Parecíamos por não conhecer nossos direitos. Agora estamos informados e muita coisa ficou clara. Cada pastor levará essas informações para sua comunidade.
Fonte: Portas Abertas
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PASTOR PAULO ROMEIRO

Todo tipo de liberdade, seja na arena política ou religiosa, pessoal ou coletiva, é algo a ser promovido e defendido. Como é bom ser livre para escolher, para ir e vir, para adorar e compartilhar o que se pensa e o que se crê com qualquer pessoa, em qualquer lugar.
A perseguição aos cristãos é um cumprimento da Palavra de Deus. Jesus alertou sobre isso: “Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós”.
A igreja de Atos dos Apóstolos surgiu e cresceu em meio às hostilidades. É uma história marcada por prisões, castigos físicos, tribunais e martírios. O livro de Atos dos Apóstolos revela que os discípulos de Cristo consideravam um privilégio sofrer por amor a Jesus (5.41). é fato que as hostilidades contra a Igreja não aconteceram apenas nos primeiros séculos de sua história. Elas se multiplicaram ao longo da sua trajetória e ainda persistem hoje em diferentes partes do mundo.
E há dores e perseguições contra os cristãos, principalmente nos países muçulmanos. Por isso, é necessário que as autoridades mundiais, muitas delas atuando na ONU (Organização das Nações Unidas), as ONGs e as entidades que promovem e defendem a liberdade de expressão e de crença em todo mundo, ajam com mais eficácia para coibir tais injustiças. Quando uma pessoa tem mais liberdade do que a outra, a tirania já se instalou.
É inestimável o trabalho desenvolvido pela Portas Abertas, desde o seu início, com o Irmão André, “contrabandeando” Bíblias para a antiga União Soviética e despertando a fé de muitos para a evangelização. Ao longo dos anos, o ministério cresceu e sua influência chega a toda parte. Onde existe uma injustiça, um perigo, uma perseguição contra uma igreja ou família cristã, lá está Portas Abertas, levando apoio, mobilizando os cristãos pera interceder.
Por isso, é importante apoiar o trabalho da Portas Abertas com orações e contribuições. Não pode faltar apoio para os que estão presos (Hebreus 13.3), para os que estão sofrendo injustiças por causa de sua fé debaixo de um governo tirano. Muitos desses irmãos foram silenciados pela truculência dos algozes. Mas, nós não. Vivemos numa nação livre, podemos orar,contribuir, protestar, usar toda a mídia à nossa disposição para ajudar nossos irmãos que sofrem por amor ao mesmo Deus que servimos e pela mesma fé que abraçamos.
Leia os artigos escritos pelos pastores brasileiros na íntegra em uma página especial em nosso site. Acesse www.portasabertas.org.br/complementos e comente.

FONTE: PORTAS ABERTAS BRASIL
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PASTOR DAIBADHANA KARADA
Meu nome Daibadhana Karada e sou pastor do vilarejo de Daleiguda, no distrito de Navarangpur, em Orissa.
Ser um pastor na Índia não é nada fácil. A hostilidade dos hindus atinge os cristãos de várias maneiras. Nós, pastores, vivemos sempre sob grande estresse e por conta dos afazeres na igreja e com a comunidade. Acabamos desfrutando de pouco tempo com nossa família. É necessário, porém, que todos nós entendamos a importância de nossas famílias e que não podemos ignorá-la se queremos que a Igreja seja vitoriosa.
Outro problema que encontramos é que na Índia muitos pastores e evangelistas recebem pouco ou nenhum treinamento. Eles quase não têm acesso a ferramentas teológicas e de prática ministerial. Por conta disso, o ministério deles não se desenvolve.
Nas áreas mais perseguidas da Índia, muitos de nós pastores estamos sem nenhum apoio financeiro e somos explorados em nome do serviço cristão.
Aqui não é possível evangelizar a não ser por meio da oração e de relacionamento social. Ainda que enfrentemos oposição, até mesmo hindus mais radicais já acreditam no Senhor. Todos os dias nos encontramos para reuniões de oração e elas são bastante frequentadas. O Senhor está respondendo às pessoas de acordo com a Sua vontade.
Quanto a mim, as dificuldades para o meu ministério é a crise financeira. Minha casa é feita de palha e, durante a estação chuvosa, há muita goteira. Colocamos baldes e pratos por todos os lados para salvar nossos objetos domésticos. Meus três filhos estão estudando, mas é muito difícil pagar as mensalidades e outras necessidades que eles tenham. Mas o Senhor é fiel e até agora estamos conseguindo.
Por favor, ore pelo meu ministério. Seja qual for o preço para continuar nele, estou pronto para permanecer firme. O treinamento da Portas Abertas me encorajou muito a ser mais genuíno em meu serviço ao Senhor.
FONTE: PORTAS ABERTAS
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PASTOR ENEAS TOGNINI
Missões “nasceram” no coração de Deus. Essa velha declaração foi de um apaixonado por missões. Essa afirmação coincide com o que o Senhor Jesus diz, no Monte das Oliveiras, no seu último encontro com os discípulos e com grande multidão. O Senhor Jesus resumiu sua paixão missionária nas seguintes palavras – Mateus 28.18, 19: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” e lhes deu garantia: “Eis que eu estou convosco todos os dias até a consumação do século”. O Senhor Jesus começou seu ministério sendo batizado por João, recebeu o Espírito Santo em forma de pomba. Permaneceu alguns dias nessa região, chamou os primeiros discípulos, foi para a Judeia, e estabeleceu seu quartel general em Cafarnaum como lemos em Mateus 4.23: “pregando o evangelho do reino, ensinando na Sinagoga e curando toda sorte de doenças e enfermidades. Da Galileia foi para Jerusalém diversas vezes, sempre passando por Betania. Chegou até Cesárea de Filipe e alcançou Serepta. Veio a Jerusalém por derradeira vez, onde foi crucificado. Ao terceiro dia foi ressuscitado e apareceu aos discípulos cerca de dez vezes.
E Marcos 16.15-17 nos lembra suas últimas palavras, manda uma ordem aos seus seguidores, sobe onde está à destra do Pai e, pelo Espírito Santo, comanda a igreja e o grande movimento missionário. Jesus foi para o céu, está com o Pai, mas enviou o Espírito Santo que trabalha e comanda hoje milhares de missionários no mundo. Os primeiros discípulos começaram o seu trabalho na Ásia e norte da África. Grande surto missionário começou com os Moravianos na Alemanha, passando o facho para a Inglaterra, depois Estados Unidos e hoje está com o Brasil.
Nunca o Senhor Jesus, através do Espírito Santo, deixou um povo sem o poder do Evangelho. O Espírito Santo usa homens, usa igrejas e grandes movimentos missionários através da Bíblia – Sociedade Bíblica do Brasil comemorou a pouco a grande vitória, imprimindo um milhão de Bíblias e espera mais cinco anos para completar os DOIS MILHÕES de exemplares da Palavra de Deus.
Todo movimento missionário começa pequeno como de João Wesley, mas cresceu e mudou o rumo do povo inglês que jazia nas trevas do pecado.
Temos muitos exemplos na história de homens e mulheres que sacrificaram carreiras promissoras, abandonaram tudo e marcharam para a África. Dentre os muitos, destacamos o “herói” David Livingstone (inglês). Seu propósito alcançou grupos de aldeias para Cristo.
Para tanto, precisou ganhar o chefe de diversas aldeias. O sistema naqueles tempos era trocar presentes. O chefe dava a David três presentes. Para o chefe foi fácil lhes os dar “três”, mas para David era quase impossível. Como daria ao chefe os três presentes? Pensou: darei meu bastão que é meu arrimo porque estou trôpego, e deu; darei minha cabra cujo leite me alimenta e cura minhas dores. E que darei mais? A minha Bíblia. E sua Bíblia era o esteio da sua vida espiritual.
E com isso ganhou centenas de africanos para Jesus. Hoje há muitos Davids pregando o evangelho em terras difíceis, cruéis.
Dentre o grande exército de missionários, destacaremos a “Portas Abertas”, que está no mundo e alguns derramaram sangue na conquista de almas. Há países onde não há liberdade para pregar a doce mensagem de Cristo, de esperança, do amor e da liberdade. Dão a vida, respondemos com o amor. Minha igreja Batista do Povo à frente da qual está o Pr. Jonas Neves de Souza é uma igreja que prega missões, envia missionário e, junto com outras igrejas, sustenta a obra missionária em diversos países do mundo.
Fonte: Portas Abertas
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VAMOS ORAR

Interceda pelo governo chinês, para que não deporte os fugitivos para a Coreia do Norte, onde sofrerão duras consequências. Louve a Deus pelo ministério Portas Abertas Brasil que completou no dia 1ª de maio 34 anos de existência e auxílio aos cristãos perseguidos.

Lembre-se você pode alcançar os irmãos perseguidos pela oração!

O principal advogado de defesa do pastor iraniano Yousef Nadarkhani, condenado à morte, pode ser preso por defender os direitos dos cristãos iranianos, segundo a Anistia Internacional


Mohammad Ali Dadkhah, um proeminente ativista de direitos humanos, foi condenado em julho (2011) a nove anos de prisão e proibido de exercer a função jurídica e de lecionar por 10 anos, e soube no dia 28 de abril que o tribunal havia confirmado a sentença. As acusações contra ele incluem: "membresia a uma associação que visa a derrubada paulatina do governo" e "propagandas contra o governo através de entrevistas à imprensa estrangeira", segundo um comunicado de imprensa da Anistia Internacional. Até o momento não se sabe se ele já está preso, mas ele teria dito que espera por isso.
Dadkhah é co-fundador do Centro de Defensores dos Direitos Humanos do Irã (CHRD). O CHRD foi fechado em 2008, e embora os seus membros continuem realizando o seu trabalho, eles enfrentaram o assédio das autoridades e alguns estão detidos na prisão de Evin em Teerã.
Um especialista em assuntos iranianos, que pediu anonimato, disse que Dadkhah é o principal advogado do pastor Yousef Nadarkhani, e que se ele for preso isso poderá trazer incertezas sobre o destino de Nadarkhani.
"O que está claro é que o desenrolar destas situações não é nada favorável", disse uma fonte. "Minha sensação é que o Estado de Direito no Irã é abusado, e as decisões dos tribunais iranianos são imprevisíveis e, estão sujeitas ao capricho das autoridades. Se Nadarkhani será enforcado ou solto, não  dependerá dos argumentos de um bom advogado, mas do capricho das autoridades".
Como trata-se de uma república islâmica, o Irã vê os cristãos e principalmente aqueles que abandonaram o Islã como inimigos do Estado e marionetes do Ocidente para minar as forças do governo.
A maioria dos cristãos que enfrentam acusações não têm condições de se defenderem juridicamente. Aqueles que podem pagar por uma defesa têm dificuldade em encontrar advogados que estejam dispostos a defendê-los, devido às repercussões ruins que virão sobre eles já que o cristianismo é considerado subversivo pelo regime.
"Muitos dos cristãos que enfrentam audiências judiciais, o fazem sem representação jurídica", disse uma fonte. "Ao assumir um caso que o governo desaprova, um caso que desafie o governo, o advogado de defesa se expõe a altos riscos. A prisão de Dadkhah é aguardada há muito tempo, por isso não é nenhuma surpresa. A surpresa é que ele pôde continuar na pratica jurídica por tanto tempo".
Em setembro de 2010, Nadarkhani foi condenado à morte depois que um tribunal de apelações em Rasht, 243 km a noroeste de Teerã, o considerou culpado de apostasia. Ele está na prisão desde outubro de 2009.
Em uma audiência em junho, a Suprema Corte do Irã confirmou a sentença contra Nadarkhani, mas pediu ao tribunal de Rasht que averiguasse se ele era muçulmano praticante antes de sua conversão ao cristianismo. O tribunal declarou que Nadarkhani não era muçulmano praticante, mas que ele ainda era considerado culpado de apostasia, devido à sua ascendência muçulmana.
O caso Nadarkhani foi enviado ao líder supremo do país, o aiatolá Khamenei, para uma decisão sobre sua sentença de morte, mas legalmente o tribunal inferior tem poder para emitir uma ordem de execução. Khamenei pode ou não decidir o caso, e se o tribunal emitir uma ordem de execução, Khamenei tem autoridade para bloqueá-lo.
Pedidos de oração
• Peça a Deus por proteção e coragem a todos os advogados do país que aceitam defender os cristãos nos tribunais.
• Ore pela libertação de Nadarkhani e seu advogado.
Envolva sua igreja no Domingo da Igreja Perseguida, veja o vídeo abaixo e saiba como participar.
FONTE: PORTAS ABERTAS BRASIL
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Ore para que os estudantes norte-coreanos se adaptem rapidamente ao método de ensino da Coreia do Sul e conheçam a história da Coreia e da humanidade, sem influências ideológicas. E que também conheçam o maior personagem da História, JESUS.


Qual é o valor da liberdade que desfrutamos no Brasil? Os pastores têm grande responsabilidade ao cuidar de seu rebanho com os princípios bíblicos em meio a uma sociedade corrompida. Mas será que, entre as igrejas do Brasil, há espaço para se falar de perseguição, sofrimento e dificuldades, elementos tão reais e cotidianos na vida de muitos pastores da Igreja Perseguida? Leia os depoimentos de pastores daqui e de lá, e procure entender que somos membros de um só corpo. Somos uma só Igreja.

PASTOR NIU

A China é provavelmente o país em que cristãos crescem em número mais rapidamente. Apesar do crescimento, é muito difícil ser um cristão nessa nação. Eu sou o pastor Niu e moro no vilarejo de Miao, localizado a 1.500 metros acima do mar. O solo aqui é rico, mas ainda assim, apopulação vive na miséria.
Além das dificuldades comuns que enfrentamos quando aceitamos Jesus como Senhor e Salvador, aqui existem alguns tipos de problemas que muitas vezes me deixam preocupados e desanimando. Mas sigo confiando no Senhor.

Creio que o que causa a pobreza em Mião é o caráter “briguento” dos moradores. A falta de paz interior e contentamento causa neles uma constante comparação com os outros, inveja e a dificuldade de perdão para com aqueles que os magoaram. Quando dois grupos brigam, eles têm a tendência, tanto os que venceram quanto os que que perderam, de recorrer a medidas cruéis, como por exemplo, envenenar a comida do outro. Com isso, passa a haver uma disputa  de vingança sem fim, a não ser que uma das famílias se mude.
O evangelho chegou aos Miao por meio do missionário metodista Samuel Pollard, em 1904. Muitas pessoas se converteram a Cristo deixando a idolatria, a feitiçaria, entre outras práticas, além de vício em drogas. Hoje, dos 300.000 habitantes, cerca de 70% são cristãos confessos.

Mas mesmo assim, mais de um século de fé cristã não transformou a comunidade Mião. Nos olhos dos vizinhos não cristãos, o cristianismo simboliza pobreza, rituais superficiais e serviço apenas de boca. Os cristãos são geralmente mais pobres e, portanto, não vale a pena compará-los com aqueles que não acreditam em Jesus.

Sou o pastor da segunda geração de pastores e atendo a oito pontos de encontro da igreja. Também coordeno uma escola bíblica para adolescentes que dura dois anos. Apesar de ter estudado pouco e ter crescido em certo ambiente de desvantagem, me considero um visionário. Quero ver mudanças em minha comunidade. Vejo um imagem de pessoas espiritualmente renovadas e quero compartilhar essa visão com cada vilarejo Miao na China. Claro, isso só poderá acontecer partindo de um cristãos transformados de dentro para fora.

A portas abertas tem me ajudado a levar a Palavra de Deus e a prover base espiritual para meus alunos.


O governo varia de país para país, e até no mesmo país no decorrer de um certo período de tempo. Pode ser uma democracia ou uma ditadura, ou a forma de governo talvez mude de acordo com uma nova situação. Embora isso seja verdade no século XX, também se aplica aos tempos bíblicos. O governo variou entre o povo judeu desde a liderança familiar patriarcal nos dias de Abraão á união dos clãs sob Moisés, à monarquia do rei Saul em diante, aos reis-sacerdotes do período intertestamentário. Ao mesmo tempo, os reinos de Israel e Judá estiveram no centro de grandes impérios – Egito, Assíria, Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma. Não é possível no escopo deste livro tratar com todas as formas de governo em detalhe; a bibliografia terá de ser consultada. Mas existem duas formas de governo que têm importância-chave para uma compreensão da Bíblia – o período da monarquia e o período em que os judeus fizeram parte do império romano.

Divisão na sociedade

Não houve divisões na socidade durante o período dos patriarcas (Abraão,Isaque e Jacó) porque todos eram membros da mesma família. Até os escravos eram considerados membros da família; portanto, Abraão podia esperar que seu escravo Eliezer herdasse seus bens (Gn 15.2,3). Mesmo quando se desenvolveram clãs na famílias não houve divisões sociais, porque um clã é simplesmente uma família que se estabeleceu para formar uma aldeia. Em tal sociedade as leis eram mantidas pelos anciãos do clã, setenta e sete anciãos em Sucote nos dias de Gideão (Jz. 4.14). Na época da monarquia o termo anciãos (2 Rs 21.23) e Zedequias se preocupou em que Jeremias não repetisse a conversa deles para os príncipes, ou anciãos (Jr 38.24,25).

Outro grupo na sociedade nos dias da monarquia era formado pelos ricos. Acreditava-se que a fortuna de alguns ricos era uma benção do Senhor (Sl. 1.3; Pv 10:15,16), mas outros ganharam a sua riqueza d maneiras condenáveis. Deuteronômio 10.17 parece comparar a justiça de Deus, que é imparcial e não aceita suborno, com os que mostram parcialidade e aceitam ser comprados. Provérbios 22.22,23 adverte contra a opressão dos pobres e aflitos. Embora as terras mudassem de mãos porque os proprietários originais eram melhores artífices do que lavradores, outras mudaram de dono por causa de falsas acusações e confisco (1 Rs 21.10-16). Essas pessoas se tornaram proprietários ricos e o rei Menaém cobrou impostos deles para ajudá-los a pagar pela proteção dos assírios (2 Rs 15.19,20).

Além dos anciãos e dos proprietários de terras, havia o “povo da terra”. Esses eram os homens livres do país com direitos civis básicos e os e os encontramos em todo o Antigo Testamento (2 Rs 16.15; Jr 1.18; 37.2; Ez 22.29). uma distinção foi feita entre as ofertas pelo pecado que tinham de ser levadas por alguém da nobreza (Lv. 4.22-26) e as ofertas obrigatórias do povo da terra (vv. 27-31). A nobreza tinha de oferecer um animal macho e o povo da terra uma fêmea.

Além dessas classes de judeus havia um número considerável de residentes estrangeiros que eram livres, mas não possuíam terra. Era então necessário para eles oferecer-se como escravos para ganharem o seu sustento. Essas pessoas tinham permissão para colher as uvas caídas na vinha (Lv 19.10) e as espigas que ficavam no chão depois da sega (Lv 23.22). era fácil aproveitar-se de alguém assim, mas Êxodo 22.20 proibiu isso porque os próprios judeus haviam sido estrangeiros no Egito. M outros aspectos, porém, os estrangeiros residentes eram como o povo da terra (veja Lv 25.47; Nm 35.15; Dt 14.29).

Além dos libertos havia várias classes de escravos. Os escravos pessoas faziam quase sempre parte de uma família por terem sido capturados numa guerra (Jz 5.30; 2 Rs 5.2; Jl 3.6). o rei Peca de Israel chegou a escravizar parte do povo de Judá até que o profeta Obede protestou fortemente (2 Cr 28.8-15). Era aceitável que os judeus fizessem escravos de outras nações (Dt 21.10-14), embora fosse também possível para ele comprar escravos no mercado de escravos (Lv 25.44,45).

Os judeus nunca deveriam se tornar escravos, mas podiam vender eu trabalho para restituir o produtos de um roubo (êx 22.3) ou para ganhar dinheiro suficiente para pagar uma dívida (Lv. 25.47-53). Eles tinham de ser libertados no Jubileu, ou depois de sete anos (Lv 25.40; Dt 15.12-18). Além dos escravos pessoais, havia escravos do Estado conhecidos como netinins e usados nas obras de construção (2 Sm 12.31), na manutenção da frota mercante (1Rs 9.27), e, em alguns casos, para trabalhar no templo como auxiliares dos levitas (Ed 8.20). Ezequiel disse que Deus não aprovava essa terceira prática (Ez 44.7-9), mas ela teve início quando Josue escravizou os gibeonitas com esses propósito (Js 9.27).

AGRUPAMENTOS SOCIAIS E POLÍTICOS


Embora muitos não adotem uma “linha partidária” específica, seja em religião ou política, outros se tornam membros de um grupo de pressão ou um partido político e se envolvem nele. Isso se aplicava á vida nos tempos bíblicos, tanto no período em que os judeus voltaram do exílio na Babilônia e reconstruíram o templo de Jerusalém, como nos dias em que Jesus viveu. A fim de compreender os agrupamentos do Novo Testamento, temos de fazer um retrospecto dos eventos que tiveram lugar após a queda de Jerusalém e o Exílio em 586 a.C.

Os Samaritanos

Os samaritanos tomaram o nome da cidade Samaria, capital do Reino do Norte de Israel, a partir do período dos reis Onri e Acabe (I Rs. 16.24). a cidade de Samaria foi destruída pelos assírios em 721 a.C., e cerca de 27.000 pessoas das classes governantes e dos artesãos mais hábeis foram deportados para a Assíria e dispersos (2 R. 17.24). como parte da política assíria, a liderança da cidade passou a outros povos vassalos, a fim de que a falta de comunicação com os trabalhadores locais, combinada com a gratidão que os novos administradores sentiam pelos assírios por dar-lhes uma posição de autoridade resultassem numa situação estável e pacífica.
As coisas porém não deram muito certo -  o número de animais selvagens aumentou na região numa taxa alarmante, causando a morte de muitas pessoas. Os recém-chegados acreditavam que esses ataques significa que eles não estavam adorando o Deus de Samaria da maneira adequada. Um dos sacerdotes no exílio foi enviado de volta para ensinar a fé judia e ele estabeleceu um santuário religioso em Betel. Como resultado, formou-se uma religião sincretista entre a adoração de Javé e a adoração dos deuses locais dos novos governantes de Samaria (2 Rs. 17.25-34).

Alguns indivíduos do Reino do Norte – que não havia sido levados para o exílio – adoravam em Jerusalém onde eram bem recebidos (2 Cr. 35.17), e esse vínculo continuou quando a cidade de Jerusalém foi destruída pelos babilônios (Jr. 41.5). quando o império persa sucedeu o babilônio e foi permitido aos judeus que restaurassem a sua religião – o templo e eventualmente os muros de Jerusalém – a recepção por parte dos samaritanos foi mista. Alguns quiseram juntar-se à obra para que a adoração de Javé pudesse ser renovada (Ed. 4.2), mas foram fortemente rechaçados pelos exilados que voltaram, os quais consideravam os samaritanos impuros por causa da natureza sincretista da sua religião (Ed. 4.3). outros samaritanos ficaram alarmados com a idéia de Jerusalém estar sendo reconstruída, pois a cidade sempre fora rival de Samaria. Esses samaritanos fizeram todo o possível para impedir a reconstrução de Jerusalém (Ne. 4.1,2).
Toda a velha antipatia entre o Norte e o Sul reviveu. Esses sentimentos eram de longa data, reportando-se ao tempo em que as doze tribos haviam ocupado originalmente o país montanhoso de Canaã depois do Êxodo. As tribos do norte se separaram das do sul mediante uma linha de fortalezas canaanitas, e quando Davi tornou-se rei, ele devia reinar sobre dois reinos unidos e não sobre um único reino. Quando o reino de Davi e subsequentemente o  de Salomão foi dividido entre seus sucessores, a divisão seguiu a antiga linha histórica. Os samaritanos foram considerados não só inimigos políticos, como também um povo impuro, cuja presença contaminaria os judeus que haviam voltado recentemente do exílio.

Numa época subsequente, parece ter havido um grupo de samaritanos que, tendo sido impedido de adorar Javé em Jerusalém, e desejando dissociar-se das lutas internas contínuas, retiraram-se para estabelecer um ponto de adoração em Siquém (Jo. 4.19-20), centralizado no Monte Gerizim, que tivera grande importância na história e religião do povo judeu (Dt. 11.29; Js. 8.33). os samaritanos aceitaram os cinco livros de Moisés em sua própria língua como autoridade (o Pentateuco Samaritano) e essa posição foi refletida no seu credo: Só há um Deus; Moisés foi o seu profeta e voltará um dia como Taheb (“restaurador”, algumas vezes chamado de “Messias”; veja Jo 4.25); haverá um Dia do Juízo, e o Monte Gerizim é o lugar apontado por Deus para o sacrifício. O último elemento era o décimo mandamento do Decálogo no Pentateuco Samaritano (1 Jo. 4.20).

Pelo menos alguns samaritanos se apegaram à crença tradicional de que Moisés havia escondido os vasos sagrados na montanha, pois em 36d.C. um samaritano reuniu uma multidão no monte com a promessa de que lhes mostraria os vasos. O grupo inteiro foi massacrado por Pôncio Pilatos.

Por causa da diferença de credo, existia forte desconfiança religiosa entre os que adoravam no Monte Gerizim  e os que adoravam no templo restaurado em Jerusalém. Em 128 a. C., um dos reis asmoneus judeus (João Hircano) capturou Siquém e destruiu o templo. Entre 6 e 9 d.C. um grupo de samaritanos profanou o templo de Jerusalém durante a Páscoa, espalhando ossos no local.

Existem diferenças explícitas e implícitas para a hostilidade entre judeus e samaritanos no Novo Testamento (Jo. 4.9,33). Jesus esforçou-se para salientar o lado bom dos samaritanos (Lc. 17.16), mas Ele mesmo seguiu a tradição judaica e não passou geralmente por Samaria quando viajava da Galiléia para a Judéia. A rota normal dos judeus que não queriam contaminar-se era cruzar o rio Jordão em Bete-Seã oriental do rio (Lc 18.31,35). Muitos samaritanos se tornaram cristãos (Atos 8.25)

Os helenistas  e os hassidim
 

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