Depois de passar três anos e meio atrás das grades acusado de "incitar à subversão da soberania do Estado", disse que odiava seus perseguidores, mas o tempo de confinamento mostrou que os verdadeiros prisioneiros são os membros do governo.
O dissidente, de 37 anos é conhecido em todo o país por suas batalhas contra a propagação da Aids e contra os despejos forçados. Entre seus "crimes", ele foi acusado de dar entrevistas à imprensa estrangeira, contatos com ativistas e dissidentes dos direitos humanos e da liberdade religiosa.
Antes de sua prisão, ele disse: "Eu costumava discutir com a polícia. Às vezes, eu mesmo agia com violência. Hoje eu não faço mais essas coisas... Meu ódio do passado tornou-se em piedade. Essas pessoas nos forçam a viver no inferno, mas você acha que eles vivem no Paraíso? Eu agora sou uma pessoa livre, mas eles não. Eu posso pensar livremente, eu posso decidir não fazer coisas ruins. Eles, não podem".
Hu também disse de seu cativeiro: Na maioria das vezes, ele foi tratado com respeito pela polícia e guardas prisionais. Mas houve também momentos terríveis: depois de discutir com um guarda, ele foi colocado em isolamento durante nove dias, com algemas e com os olhos vendados. "Eu pensava que estas coisas aconteciam somente em filmes, mas dezenas de vezes eu fui levado para o hospital algemado e ferido como se fosse assassino.”
"Como muitos outros dissidentes, Hu também ataca os sistemas judiciário e penal Chinês. Ele diz que este sistema legislativo precisa ser abolido, que oprime toda população, contudo, ele conclui que a demanda por liberdade de expressão na China está aumentando rapidamente.
Oremos pelos irmãos chineses.
FONTE: ASIANEWS
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Beijing (AsiaNews) - Hu Jia hoje é um homem livre e disse que a prisão o ajudou a entender como as coisas são. “Eu sinto pena deles, pois não podem exercer sua liberdade de pensamento e não podem optar por não fazerem coisas ruins ordenadas pelo governo. Eles são forçados a cumpri-las". Condenado por "incitar à subversão contra a soberania do Estado", o proeminente dissidente Hu Jia fala ao South China Morning Post, contando como a prisão o transformou em uma pessoa melhor.
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