HABITAÇÕES - As habitações da Terra Santa possuem duas características. Primeiro, elas têm uma forma e estilo típicos. Tendem a ser quadradas, com o teto plano e escada externa, sendo no geral construídas de blocos de calcário branco. Isso se tornou o padrão por causa do clima, disponibilidade dos materiais de construção e uma necessidade original de preservar o espaço. A segunda característica é de conservar o antigo com o relativamente novo, a fim de que os visitantes de hoje possam ver habitações do tipo usado por Abraão ao lado de edifícios modernos.
Divisão da terra – Os israelitas conseguiram sua terra por meio da conquista e cada tribo e família considerava a sua herança ou porção como vinda de Deus. A maneira como a terra foi dividida acha-se descrita na segunda metade do livro de Josué. A região foi dividida e distribuída por sortes. Uma sorte era literalmente um disco de dois lados que acreditavam estar sob o controle de Deus quando atirado. Os resultados da sorte serviam para descobrir a vontade do Senhor. Um provérbio expressa isso: “A sorte se lança no regaço, mas do Senhor procede toda a sua disposição” (Pv. 16:33).
Davi pôde, portanto, agradecer a Deus porque as divisas haviam caído em lugares prazerosos para ele – as herança não podia ser melhor (Sl. 16:6).
Uma vez determinadas, as heranças eram marcadas por uma pilha de pedras, uma característica natural, ou um sulco duplo de terra arada – e o marco não podia mais ser mais removido, porque isso seria alterar o presente de Deus (Dt. 19:14). Pela mesma razão, vender a própria herança era desonrar a Deus. Nabote recusou vender sua vinha ao rei Acaz por essa razão (I Rs. 21:3).
Venda da terra – Havia ocasiões em que era necessário converter a propriedade em dinheiro quando uma determinada família passava por dificuldades, mas toda terra vendida por essa ração tinha de ser devolvida ao antigo dono no ano do jubileu, que ocorria a cada cinquenta anos (Lv. 25:10). O valor de venda da terra se baseava no número de anos que restavam até o Jubileu (Lv. 25:13-17). Tais transferência eram cuidadosamente arranjadas e monitoradas. O dinheiro era pesado e o contrato preparado, descrevendo cada detalhe da terra na presença de testemunhas. Os judeus parecem ter imitado essa prática de transferência dos tempos antigos (compare Jr. 32:9-12 com Gn. 23:4-20).
Se nesse intervalo o membro da família que vendera a terra conseguisse o dinheiro para compra-la de volta, essa teria de ser então imediatamente devolvida. Ou, se uma viúva sem filhos tornasse a casar, o marido podia comprar a terra, mas ela passaria para o primeiro filho deles, que conservaria o nome da família original, de modo a que a terra não passasse para outras mãos (Dt. 25:5-6). Um exemplo disso é registrado na história de registrado na história de Rute e Boaz (Rt. 4).
O povo da terra – O elo inseparável entre o povo e a terra fez com que o povo comum fosse conhecido como “povo da terra”, os am-há-aretz. (É essa consciência da terra que está por trás da recompra e repossessão da terra na moderna Israel.)
A terra passava de pais para filhos, e o filho mais velho recebia duas vezes mais do que cada um dos outros irmãos. José, como herdeiro de Jacó, recebeu uma porção dupla em nome de seus dois filhos, Efraim e Manassés. Eliseu pediu a porção de um filho mais velho, uma porção dupla do espírito de Elias sobre ele (II Rs. 2:9). O filho pródigo recebeu sua parte da herança; porém, ao voltar, a propriedade inteira – uma porção dupla – pertencia a seu irmão mais velho (Lc. 15:31). A lei estabelecia que a herança poderia passar para as filhas se não houvesse filhos. Números 27:1-11 descreve as circunstâncias onde essa regra era dada, juntamente com outras leis da herança.
Habitantes das cavernas – Embora nos tempos bíblicos as pessoas já tivessem deixado de habitar nas cavernas que abundavam no Oriente Médio antigo, sempre houve pessoas morando em cavernas.
Ló morou numa caverna depois de ter fugido de Sodoma (Gn. 19:30) e os edomitas fizeram e ampliaram cavernas na face rochosa de Petra para moradia e negócios públicos. Obadias se refere aos edomitas alta morada (Ob. 3). Havia cavernas sob as casas de Nazaré que eram contemporâneas de jesus e, tradicionalmente (quase com toda certeza), Jesus viveu numa caverna de pastor. As avernas eram usadas como esconderijo (js. 10:16; I Sm. 22:1; I Rs. 18:4), e os filisteus zombavam dos israelitas por abrirem buracos no chão para se esconderem (I Sm. 14:11).
Nos tempos bíblicos as pessoas viviam em assentamentos, bem defendidas e com suprimento de água, ou adotavam uma forma seminômade de vida, morando em tendas e se movendo com suas manadas de oásis para oásis, onde colheitas podiam ser cultivadas.
Os habitante das areias – Abraão deixou a cidade de Ur, Caldéia, e se tronou um “habitante das areias” pela fé, crendo que Deus daria no futuro uma terra permanente aos seus descendentes (Hb. 11:9). O estilo de vida do moderno beduíno é semelhante ao de Abraão; ele nunca foi completamente abandonado. A festa judaica de Sucote (Tabernáculos) é um lembrete constante do passado de Israel e a de Pessach (Páscoa) tornou-se também uma festa das tendas, quando milhares de pessoas viajavam para Jerusalém.
A vida de Israel em tendas parece sempre aproximar-se de um ideal e se tornou uma metáfora importante. Quando os profetas chamavam um povo materialista de volta a Deus, eles o faziam lembrar-se do tempo passado no deserto e em movimento – “Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim” (Is. 46:9).
Quando João fala sobre Jesus, dizendo que o Verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo. 1:14), a palavra que ele usa é “viveu numa tenda” ou “acampou” entre nós, para enfatizar a natureza temporária dos seus dias na terra. Paulo usa a mesma natureza temporária da tenda para descrever as nossas vidas (II Co. 5:1-4).
A tenda – A tenda do habitante do deserto era feita de um pedaço comprido de couro de cabra, com cerca de 1,52m ou 1,82m de largura. O couro era colocado sobre várias estacas, afim de prover uma cobertura alongada, como um toldo. As duas extremidades ficavam presas ao solo com pregos especiais (Jz. 4:21). No livro Cantares de Salomão 1:5 é mencionada a cor preta da tenda. As tiras de apoio eram feitas num tear preso o chão; retalhos eram acrescentados pelo mesmo método, como grandes remendos cerzidos.
As cortinas verticais eram feitas de coberturas usadas do teto ou de outros materiais coloridos. Elas serviam de “frente” e “fundo” para a tenda e também para as divisões internas. Uma área com um “fundo” e duas cortinas divisórias formava então uma varanda aberta onde as visitas podiam ser recebidas (Gn. 18:1-2) e onde as conversas podiam ser ouvidas por outras pessoas por trás das cortinas (veja Gn. 18:9-15).
A ampliação da tenda era simples. Bastava tecer um pedaço extra para o toldo original e arranjar mais uma cortina (veja Is. 54:2, onde era usado como uma metáfora par a expansão dos judeus). O toldo não era impermeável até que as primeiras chuvas fizessem o tecido encolher. Tapetes eram colocados no chão e os pertences da família (alimentos, utensílios de cozinha, recipientes para água, etc) eram guardados junto às estacas da tenda.
O único homem que podia entrar na tenda era o marido/pai; outros homens ficavam na varanda. A entrada de um estrangeiro nos aposentos das mulheres era punida com a morte. Sísera pagou com a vida por ter entrado na tenda de Jael, embora ela tivesse feito o convite (Jz.4:18,21).
As tendas não eram sempre primitivas. Quando os reis usavam tendas para viajar com o exército, elas deveriam ser luxuosas, como a tenda que Davi fez para guarda a Arca da Aliança em Jerusalém (I Cr. 16:1).
As tendas eram em geral agrupadas informalmente para acomodar todos os membros da família mais ampla. Os ismaelitas tinham uma espécie de ordem entre as tendas (Gn. 25:16), e durante as peregrinações entre Egito e Canaã havia uma ordem estrita para que fossem armadas (Nm. 2). Uma espécie de insígnia marcava os líderes entre o povo judeu; o costume beduíno era colocar uma lança de pé junto à porta do líder (sheikh) – Veja I Samuel 26:7.
Mais tarde, quando os israelitas não viviam mais em tendas, mas em casas, a festa anual dos Tabernáculos, quando as famílias passavam os feriados em “barracas” especiais, feitas de galhos, os fazia lembrar da época em que moravam em tendas e peregrinavam no deserto.
Casas de Tijolos – Quando os israelitas seminômades guiados por Josué conquistaram as cidades e povoados cananitas, a arquitetura doméstica havia progredido muito em relação aos abrigos usados quando os habitantes das cavernas passaram a viver ao ar livre. As casas deixaram de ser construídas com tijolos de barro, na forma de colméia, onde o piso ficava em nível mais baixo do que o chão do lado de fora, e passaram para o tipo de aposento retangular típico até nossos dias.
As casas inicialmente feitas com tijolos de barro seco ao sol, mas a tecnologia avançou até ser possível queimar os tijolos em um forno; mais tarde, casas fabricadas de pedras brutas e alvenaria passaram a ser construídas. Só depois do reino unido sob Salomão e que pedras trabalhadas foram usadas na construção doméstica. Isso pôde ser feito por causa da disponibilidade de ferramentas de ferro para dar acabamento à pedra. Na Galiléia, a pedra era geralmente basalto negro e, na costa, arenito amarelo. Mas na maioria de pedra calcária, a pedra era branca.
Construção de casas – As casas eram também consideradas um dom de Deus, e quando ela começava a ser construída havia um ato de dedicação (Dt. 20:5). A casa básica para os membros mais pobres da comunidade que morava no campo era um aposento único, de cerca de três metros quadrados. As paredes eram grossas, de tijolos de barro ou pedras brutas e cascalho, com nichos para guardar alimentos e utensílios. A única janela era pequena e alta, algumas vezes com uma treliça de madeira (Pv. 7:6) para evitar os intrusos. No inverno, a treliça podia ser coberta com uma pele ou alguma espécie de cortina. Em vista das paredes serem mal construídas, elas abrigavam vários tipos de vida animal (Am. 5:19).
A principal entrada de luz era através da porta única aberta, que era fechada com uma barra de madeira à noite. A iluminação era fornecida à noite por uma lamparina de azeite, colocada numa saliência da parede, numa alcova, ou em alguma forma de utensílio (Mt. 5:15). O assoalho era dividido em duas partes. A área mais perto da porta era feita de terra nivelada e batida, mas no fundo do aposento havia uma plataforma mais alta de pedra, que era usada para as atividades familiares, tais como comer, sentar e dormir. Só na época dos romanos é que ladrilhos foram colocados na parte mais baixa. As condições do chão e a falta de luz tornariam certamente difícil encontrar uma moeda perdida (Lc. 15:8). Fogo para aquecer o ambiente e para cozinhar era às vezes aceso no chão e a fumaça tinha de procurar sua própria saída. Os animais, inclusive um cão de guarda (Sl. 59:6), muitas vezes usavam a parte mais baixa durante a noite.
O teto – Era construído colocado gravetos sobre vigas de sicômoro e unindo tudo com barro. É difícil imaginar que nos dias bíblicos o país fosse coberto de florestas e permanecesse assim até as depredações dos romanos e dos turcos. Um rolo pesado era mantido no teto para compactar o material depois da chuva. Os telhados não eram à prova d’água e tinham portanto, duas características – vazamentos e uma cor verde. O período de novembro a março (a estação chuvosa) era uma época fria e difícil. Provérbios 19:13 se refere ao pingar contínuo da água (veja também 27:15). Os telhados eram verdes por causa das sementes que brotavam no barro (naturalmente e as dos grãos postos para secar). Isso é mencionado em II Rs. 19:26, Sl. 129:6 e Isaías 37:27.
O teto plano tinha certas vantagens. Ele podia ser usado como um ponto de observação (Is. 22:1; Mt. 10:27), como um lugar fresco e silencioso adequado para a adoração (Sf. 1:5; At. 10:9), para secar e guardar as colheitas (Js. 2:6); e para dormir numa noite quente de verão. O uso do espaço no telhado era tão grande que uma lei exigia a construção de um parapeito ao redor dele, para que as pessoas não caíssem (Dt. 22:8), as brechas entre as mesmas formavam as ruas. Era então possível passar de teto para teto, por cima das casas – um meio de fuga mencionado por Jesus em Mateus 24:17.
Iluminação – A iluminação das casas era provida pela lamparina de azeite. Essa consistia originalmente de um pires de louça de barro aberto, contendo óleo de oliva. Parte do pires era “apertada” na fabricação, a fim de receber um pavio de linho. Tais lamparinas apresentavam naturalmente problemas quando o óleo era derramado acidentalmente. Recipientes fechados foram então feitos com dói orifícios – um para o pavio e o outro para colocar o azeite. Quando o azeite começava a acabar, o pavio não iluminava mais e a lamparina precisava ser enchida novamente (Mt. 25:8).
Mais tarde, lamparinas decoradas e esmaltadas foram feitas com cabos e vários pavios, a fim de iluminar melhor o ambiente. Quanto mais alta a lamparina, tanto melhor a iluminação. As lâmpadas começaram então a ser colocadas numa Saliência da parede, penduradas no teto, ou postas num simples apoio (um galho grosso de árvore fixado no chão de terra). Se nada mais estivesse disponível, a lamparina ou candeia era colocada numa medida de cereais colocada de cabeça para baixo ou até no próprio chão.
Aquecimento – O fogo servia para aquecer e cozinhar, usando materiais combustíveis naturais, tais como esterco seco de animal (Ez. 4:15), gravetos, erva seca (Mt. 6:30), arbustos espinhosos (II Sm. 23:7; Is. 10:17) e carvão (Jô. 21:9). O fogo podia ser feito fora de casa, numa depressão no chão de terra ou colocado em algum tipo de recipiente de cerâmica. As casas melhores eram providas de chaminé (Os. 13:3), mas na maioria dos casos a fumaça escurecia o teto e sufocava as pessoas dentro de casa.
O fogo era aceso com pederneira ou por fricção. Um dos combustíveis mais importantes era a madeira da giesta (piaçaba) branca. Suas brasas ficam quentes durante longo tempo e até as cinzas aparentemente frias podem ser facilmente abanadas até chamejarem novamente. O aquecimento é especialmente importante na região montanhosa; os invernos são frios e úmidos e ás vezes neva.
Água – Tinha de ser geralmente colhida no poço local, e em vista disso ser tão difícil, todos sonhavam com um tempo em que pudessem ter sua própria cisterna (um buraco cortado na rocha e impermeabilizado com gesso, de modo que a água pudesse ser guardada e extraída de sua própria fonte. Senaqueribe prometeu que se os israelitas de Jerusalém se rendessem, ele lhes daria esse símbolo de status (II Rs. 18:31).
Quando a cisterna secava, no final do verão, ela servia de esconderijo, como Jônatas e Aimaás descobriram (II Sm. 17:18-19). Não havia recursos sanitários nas casas simples dos camponeses, embora sistemas avançados de drenagem e esgoto operassem em cidades construídas mais tarde, tais com Cesaréia e no terreno do templo em Jerusalém. Leis sanitárias foram cuidadosamente estabelecidas na Tora (por exemplo, foi estipulado que os excrementos deviam ser queimados em tempos de guerra, Dt. 23:13), e leis suplementares foram introduzidas no judaísmo, que mantinham a saúde básica. Não era possível, por exemplo, construir estábulos sob moradias humanas.
Casas ricas – A diferença entre as casas dos ricos e dos pobres está na provisão de um pátio. No nível mais baixo isso era simplesmente um cercado acrescentado à casa. Mas o pátio fazia diferenças imediatas. Os animais podiam ser mantidos fora de casa, a comida feita num canto e não havia problemas de segurança quanto ao acesso ao teto, visto que a escada para ele ficaria dentro do pátio. As janelas podiam abrir-se para ele a fim de entrar mais luz, e a porta do cercado podia ser mantida sempre fechada. Uma cisterna se tornava então uma possibilidade.
As pessoas mais ricas construíam dois ou três aposentos ao redor do pátio, e ás vezes até um segundo andar (II Rs. 4:10; Mc. 14:12-16; At. 9:36-41). Era uma casa afastada e ao mesmo tempo aberta para o céu – uma volta à experiência seminômade da época de Abraão.
Os que eram realmente abonados podiam acrescentar pátios com construções são seu redor, colocando uma entrada em um dos aposentos originais da casa. Pilares suportavam as vigas do teto, a fim de aumentar o tamanho do aposento. Os pilares eram construídos paralelos às paredes dos prédios, a fim de construir colunatas ou varandas caso desejado. Decorações eram acrescentadas na forma de lintéis esculpidos, capitéis e bases de batentes. As paredes podiam ser de gesso e decoradas, e os pisos cobertos de ladrilhos e, mais tarde, mosaicos de seixos e ladrilhos cortados. Os pátios podiam ser até transformados em jardins.
A varanda – Uma casa rica parecia pouco convidativa do lado de fora, porque a entrada era feita por uma única porta de cedro fechada e geralmente guardada por um porteiro. A fechadura era colocada do lado de dentro do portão, de modo que era necessário enfiar o braço por um orifício na porta a fim de colocar a chave (Ne. 3:3; Ct. 5:4). A chave era um meio de levantar os ganchos que mantinham a barra de madeira no lugar, sendo portanto bem grande (veja Is. 22:22). As fechaduras romanas de uma época posterior eram bem menores e mais complexas.
O porteiro sentava numa varanda por trás do portão e esperava até reconhecer a voz de Pedro – mas não pôde abrir a porta até contar aos outros quem era (At. 12:13-14). Quando Jesus disse que estava à porta da igreja de Laodicéia e batia, isso deveria significar que se tratava de uma igreja rica (Ap. 3:20).
Mobília – Enquanto os remediados conseguiam adquirir uma cama, mesa e cadeiras (II Rs. 4:10), os ricos tinham camas empilhadas de travesseiros (I Sm. 19:15-16; Pv. 7:16-17). Mesas de jantar eram encontradas nas casas dos ricos. Banquinhos para descansar os pés (Sl. 110:1) e cadeiras com espaldar (I Rs. 10:18-19) eram providos. A iluminação era feita por grandes candelabros. Não havia um limite real para as facilidades existentes nos palácios daqueles dias, mas havia menos pessoas ricas do que hoje.
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