ZÉ NINGUÉM

Cultura, religião e leis civis se mesclam de forma única no mundo muçulmano. A prática da religião não está restrita aos fins de semana, ela faz parte da rotina diária tanto de muçulmanos como de cristãos.

Entretanto, em  menor número e menos influentes, os cristãos que queiram se tornar muçulmanos não encontram empecilhos – na verdade, são até incentivados a fazer isso em alguns casos. Da Nigéria, por exemplo, vêm vários relatos de homens que tinham emprego e esposa à sua espera, bastando apenas que abraçassem a fé islâmica.

O contrário não é verdade. O que um muçulmano encontra à sua espera quando reconhece Jesus como a única forma de salvação?

Sua primeira recompensa é ser reconhecido como “nada”, “ninguém”.

Um muçulmano que se converte não se torna “cristão” no sentido religioso da palavra (e não no sentido original, que significa “miniatura de Cristo”), porque cristão, nesse contexto cultural, é aquele nascido de pais cristãos, batizado com um nome cristão, habitante de uma vila ou bairro cristão. Um convertido ao cristianismo pode mudar de nome ou endereço, mas não vai passar de um “ex-muçulmano”.

Essa crise de identidade vai além da esfera religiosa. Ela gera perguntas muito práticas ao que se converte: devo mudar de nome, já que todos sabem que “Ahmed” é um nome muçulmano? Devo deixar de usar o véu? Devo enfrentar toda a burocracia judicial e solicitar a mudança da minha religião no documento de identidade, sabendo que isso restringirá meu acesso a serviços públicos, e que a educação religiosa que meus filhos receberão na escola dependerá da religião que consta do meu documento? Devo chamar a Deus de Alá (que é a palavra árabe para “Deus”) ou agora devo chamá-lo por outro nome?


A lista de perguntas é enorme. Tudo mostra que servir a Cristo não é simplesmente mudar de religião. Requer mudança de vida. Requer entrar pela porta tão estreita que não permite vislumbrar o que vem adiante.

Fonte: conhecendoaigreja.blogspot.com
www.assembleiadossantos.com.br

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