Vida de um cristão secreto iraniano - Parte 1


O relato de um jovem iraniano de 23 anos, chamado Ebrahim, convertido ao cristianismo num país que ocupa a segunda colocação na lista das nações mais intolerantes ao cristianismo descreve o sistema totalitário do governo de seu país.

Ao compartilhar suas experiências à Missão Portas Abertas, ele diz que o governo pode monitorar quem eles quiserem em tudo o que se possa imaginar. Sejam as atividades diárias, ligações telefônicas, mensagens de texto SMS, assim como os e-mails. O jovem iraniano conta que é necessário pensar em tudo o que se faz. É preciso ficar atento quanto às comunicações e aos relacionamentos. E há um dilema que todo ex-muçulmano convertido ao cristianismo vive. Se viver sua vida exatamente como o governo quer que você viva, então, terá uma vida fácil, caso contrário, terá que ter muita cautela. E se descobrirem que é um cristão, será perseguido com risco de morte.

Os cuidados com o relacionamento com as pessoas pode ser perigoso, porque não há confiança, mesmo quando esta possa ser um cristão. Por isso a relação, a princípio, é muito superficial. É preciso adquirir segurança nas novas amizades.

Os cristãos são intimidados constantemente pelo governo. Ebrahim conta uma de suas experiências quando foi parado pela polícia local e preso por três dias por ter sido acusado de dirigir ouvindo música alta com seu veículo nas ruas de Teerã na madrugada, o que não foi verdade. Mas este é mais um caso de imposição de respeito por parte da polícia local. O jovem ainda conta que há outras restrições por parte do governo, como por exemplo, a forma de se vestir. Os jovens não podem colocar bermudas, e as camisas devem ser com mangas, pelo menos, até o cotovelo, lamenta Ebrahim.


Fonte: Resumo da entrevista feita por Missão Portas Abertas

"E nos afadigamos, trabalhando com nossas próprias mãos. Somos injuriados, e bendizemos; somos perseguidos, e sofremos." (I Coríntios 4:12)

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