NO REINO DA IMAGINAÇÃO (PARTE 4)


Imagine por alguns instantes a situação das crianças nos países que prendem, agridem e matam pais cristãos, incendeiam igrejas e perseguem a sua comunidade. Como elas reagem? O que elas pensam? Como encontram explicações para suas perguntas?

Esther Aydin perdeu o pai aos seis anos, brutalmente assassinado em Maltya, na Turquia, em 2007. N época, ela deixou sua mãe surpresa ao dizer: “Mamãe, se Deus pode fazer todas as coisas, ele vai devolver o papai para nós?”. Hoje Esther está com dez anos e não sabemos como assimilou os acontecimentos à sua volta. Além de perder o pai, ela teve que mudar de casa, de escola e sofreu muita discriminação das outras crianças.
Casos como o dela são recorrentes quando falamos sobre a Igreja Perseguida. E, na maioria das vezes, os pastores e líderes no campo estão tão reocupados em fortalecer os adultos que acabam se esquecendo das necessidades emocionais das crianças. Esquecem também do impacto que notícias trágicas terão no futuro e no caminhar delas com Jesus.

Recentemente, um líder de igreja no norte da Etiópia procurou aconselhamento de um membro da equipe da Portas Abertas. Seu filho presenciou a invasão à sua igreja e desde então tem demonstrado um comportamento preocupante. “Quando a multidão de ortodoxos nos atacou, as crianças choravam e corriam para se esconder. Meu filho estava entre aquelas crianças e eu o ouvi dizer naquele momento: ‘Oh Deus, nos leve para o céu, fora deste lugar. Não há agressões e apedrejamento lá no céu’. Dias depois, minha esposa e eu conversávamos com os amigos e toda a família sobre o incidente. De repente, meu filho levantou-se e disse: ‘Se eu tivesse uma arma, teria matado todos eles quando nos bateram’. Na época todos rimos, mas depois eu disse ao meu filho que esta não é uma atitude boa e que não devemos reagir desta forma. Só que não estou certo que tenha tocado o seu coração, pois ele ainda demonstra muito ódio”, disse o líder.

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