A VIDA É FEITA DE ESCOLHAS (2ª PARTE)


Após décadas vivendo debaixo de ditaduras militares, jovens de vários países do mundo árabe foram ás ruas protestar contra seus governos, num episódio conhecido como “primavera árabe”. O que teria motivado esses jovens? E o que os ajudou a formar um movimento de protestos tão bem integrado e coeso? Há duas explicações básicas para isso. Em primeiro lugar, foi a iniciativa de um único jovem: no dia 16 de dezembro de 2010, um jovem comerciante de 26 anos, da Tunísia, chamado Mohammed Bouazizi, ateou fogo ao próprio corpo em protesto aos abusos que vinha sofrendo por parte das autoridades tunisianas. O jovem morreu 23 dias após sua internação. Em segundo lugar, foi o alcance das redes sociais (facebook, twitter, blogs, sites), que ligam os jovens nas mais diferentes partes do mundo.

A morte do jovem Bouazizi foi o estopim para as revoltas na Tunísia. Isso desencadeou revoltas nos demais países da África, como Egito, Líbia, Síria, Iêmen, Omã, entre outros o ano de 2011 viu a queda de vários ditadores e a possiblidade de se escrever uma nova história nos países árabes. Após mais de um ano do início das manifestações, o único país que conseguiu eleger um primeiro-ministro  de modo democrático foi a Tunísia. Nos outros há ainda uma há ainda um clima de incertezas e indefinições.

A despeito dos rumos que tome a política desses países, durante as revoltas foi possível ver cenas raras, em que jovens muçulmanos e cristãos foram às ruas protestar e lutar pelos mesmos ideais, por objetivos comuns. Não eram os lações religiosos que os uniam, muito menos laços políticos – pois não carregavam bandeiras ou estandartes de partidos políticos – pois não carregavam bandeiras ou estandartes de partidos políticos – mas o senso de justiça e liberdade. É bom ressaltar que, nesses países, há uma clara divisão, além de tensão religiosa, entre as diferentes correntes islâmicas e entre elas e os cristãos . porém os jovens deixaram seus interesses individuais e preferências religiosas para trás para lutar lado a lado por objetivos comuns.

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