Série: PASTORES DA IGREJA PERSEGUIDA

PASTOR ZÉ BRUNO [Pastor da Igreja Casa da Rocha – SP]
Vivemos num país livre, podemos declarar nossa fé em qualquer lugar público. Podemos ter cultos ao ar livre e podemos fazer concertos musicais pelas pras das nossas cidades. É muito bom ser um povo livre pra declarar sua fé em Cristo.
Somos livres?
Temos liberdade cantar e orar em público. Liberdade de publicar livros. Liberdade de utilizar meios de comunicação. Liberdade de culto. Liberdade de nos casarmos mediante nossa regra de fé. Liberdade de crer na Palavra de Deus como ela é. Temos liberdade de viver a nossa cultura cristã, o nosso modo de vida cristão, nossa arte, nossa vida. Seria essa a principal vantagem da nossa liberdade?
Se hoje temos liberdade, essa liberdade só tem sentido se levarmos o evangelho puro ao mundo, se pregarmos a tempo e fora de tempo. Muito mais do que o conforto da nossa cultura cristã, precisamos sentir dentro de nós uma perseguição. Nosso coração precisa sentir que está sendo perseguido por um chamado, Deus nos quer. Nossa mente precisa compreender a vontade de Deus e ser perseguida por um ideal de vida – levar o evangelho a toda criatura.
Somos livres?
A condição de perseguição que nossos irmãos viveram há séculos atrás, e que muitos ainda hoje sofrem em tantos países do nosso planeta, precisa nos despertar. Somos livres, mas estamos presos. Temos liberdade pela lei do Estado e talvez estejamos impedidos pela lei do egoísmo e da auto-satisfação. Agradecemos a deus pela liberdade de ouvir música cristã e não por podermos testemunhar de Cristo. Estamos presos, encarcerados, tão fechados em nossas próprias agendas ministeriais e denominacionais que nos tornamos prisioneiros de nós mesmos. Há um povo escravo do pecado num país livre que espera a manifestação de servos livres que se aprisionaram dentro de si mesmos.
Somos livres?
Estyamos prontos a investir pesado em tantos projetos que exaltam a nossa instituição religiosa, mas estamos acorrentados para investir na pregação do evangelho. Somos perseguidos pela vontade de sermos reconhecidos. Somos  perseguidos pelo desejo de prosperar na terra. Somos perseguidos pela futilidades que enchem o nosso dia a dia eclesiástico, e o pior; esta perseguição não é sentida, não faz sofrer o nosso coração.
Sejamos livres.
Seja o nosso coração tomado pelo desejo de usar a liberdade que Deus nos deu para trazer a mensagem da cruz que salva e transforma. Seja a nossa alma prisioneira da comissão de Cristo. Seja a nossa vida escrava da paixão por levar Cristo ao perdido.

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