Falsas acusações são comuns na
vida dos cristãos perseguidos. Por conta delas, muitos são presos injustamente
e, ás vezes, sem que haja sequer um julgamento. A maioria deles, entretanto,
alega acontecer algo em comum: a proximidade com Deus.
A cristã Welhelmina Holle era uma professora de matemática e língua indonésia
do ensino fundamental. Em 10 de novembro de 2008, foi falsamente acusada de
difamar o Islã enquanto ministrava aulas extracurriculares para alguns de seus
alunos. Um mês depois, os rumores sobre a difamação se espalharam por meio de
panfletos produzidos por Asmara Wasahua,
político de um partido islâmico fundamentalista. No dia 9 de dezembro, uma
multidão enfurecida com armas, pedras e cassetetes incendiou um vilarejo
predominantemente cristão em Masohi,
localizado nas ilhas Molucas, na
Indonésia. O ataque destruiu 67 casas, dois prédios pertencentes ‘a Igreja
Protestante das Molucas (GPM, sigla
em indonésio), dois carros e uma motocicleta. Além disso, três pessoas ficaram
machucadas e um policial foi gravemente ferido na tentativa de acalmar os
atacantes.
Welhelmina, na época com 49 anos, mãe de duas filhas casadas e um
filho solteiro, era inocente. A tal aula particular não havia acontecido,
afinal, a professora sequer estava na cidade naquele dia. “Ela negou as
acusações. É bem provável que o rumor tenha sido espalhado para incitar o ódio”,
comentou a pastora Sarah Latuny, da
GPM, que é composta por mais de 50 congregações. “Mas ainda que a acusação
fosse verdadeira, não justifica toda essa violência. A questão deveria ser
resolvida pelos termos legais”, continuou. “Em meio a todo aquele caos, nossa
prioridade era manter os moradores a salvo. Como representantes cristãos,
pedimos que eles não revidassem. O ciclo de violência nunca terminaria se o
fizessem!, explicou a pastora.
O chefe da delegacia de Masohi decidiu prender Welhelmina três dias depois dos ataques.
Além dela, Wasahua também foi preso
por causar a desordem. “Na delegacia, eles me colocaram em uma pequena cela
chamada ‘cela do rato’ durante uma semana. Eu me ajoelhava constantemente e
orava. Sem conseguir comer, declarava a mim mesma que sobreviveria a tudo
aquilo por meio da oração e da Palavra”, relembra a irmã.
Fonte: Portas Abertas
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